quarta-feira, 25 de março de 2009

DONA MARTA

















Preocupado com o comentário do meu irmão, que revelou para minha namorada o meu segredo, vide prmeiro post, estímulos culinários.
Precisava de uma nova receita, algo simples, mas saboroso, que deixasse minha namorada cada vez mais apaixonada por mim.
Essa tática que antes era usada por nossas avós, pegar um homem pelo estômago, veio muito a calhar no ano de 2001, período da história onde lindas mulheres procuram independência, liberdade, respeito, igualdade, querem ganhar as ruas, dar um basta em tanque e fogão.
Os homens, espertos e modernos, falo por mim, chegaram a conclusão que inverter os papéis não seria assim tão ruim. Esperar a mulher amada com um jantar pronto, vestindo algo mais confortável... ouvindo Barry White.
Pois bem, estava eu num churrasco da minha turma de faculdade, na casa dos Canfields, onde esperávamos pelo excelente rodizio de carnes servido pelo assador, inclusive um dos melhores que já conheci, Daniel Canfield. Teremos um post de churrasco falando dos maiores assadores da história.
Segue o baile, cerveja gelada, boa conversa, chega a matriarca da familia, a quem respeitosamente chamo dona Marta, uma jovem senhora, mãe de Daniel e um pouco nossa.
Me recordo inclusive certa vez quando encontrei Daniel no mercado com sua mãe, apenas de longe vejo o ilustre rapaz e grito:
– Uuuh Ruuuu Ruuu veado!! (gauderiês)
Olho novamente, vejo sua mãe, e digo...
- Dooona Marta!!! (com entonação de nobre fidalgo, e quase fazendo uma reverência)
Bueno, volto pro assunto.
Sentado a mesa, tomando algumas, dona Marta vem confratenirzar com todos, e claro tomar um copinho da cerveja, então confesso a ela:
– Preciso de mais alguma receita, rápida, indolor e saborosa!
Ela me diz que pode resolver o meu problema, com duas palavras e três ingredientes:
– Existe uma receita que se chama prato do preguiçoso. Galinhas Bêbadas.

terça-feira, 24 de março de 2009

GALINHAS BÊBADAS
























Fazer um video culinário não é assim tão fácil, quando ligamos a câmera o corpo e o cérebro travam.Por isso agora entendo, Dado Dolabella e Erik Marmo, acredito que não são maus atores, mas realmente pude comprovar que quando rola um, gravando, mesmo que seja um video caseiro, a cabeça que conhece o texto, sabe tudo o que tem que fazer, empaca na hora do...ação.
Por isso aproveito para fazer a seguinte promessa, não falo mais mal do Erik Marmo.
A receita que coloco no blog é tão fácil que resolvi gravar.Para que todos acreditem na simplicidade da mesma, peço desculpas pela minha inexperiência no vídeo, e nervosismo, mas outros virão e prometo evolução, diferente do Eri...digo, Dado Dolabella.
Subustitua as palavras "o prato está pronto" no filme, por "está pronto o preparo".
Fiquei confuso na hora.




Pronto o preparo coloque no forno, em fogo alto, por aproximadamente uma hora.

Na primeira meia hora, é bom tapar o refratário ou a forma, com um papel laminado, faça alguns furinhos no papel, para que o vapor possa sair e não haja o perigo de derramar a fervura no forno.
Enquanto as galinhas cozinham.





Recapitulando os ingredie
ntes:
6 sobrecoxas sem pele
1 pacote de sopa ou creme de cebola
1 garrafa long neck de cerveja malzbier.

Se quiser você pode parar por aí. Com esses 3 ingredientes tá garantida a bóia.
Mas se quiser melhorar, vale a pena fritar duas cebolas na manteiga acrescentar duas colheres de sopa de shoyo, só pra dar uma cor em quem te fez chorar.Quando a galinha que estiver no forno completar seus 50 minutos de cozimento, coloque a cebola por cima delas.












Para 12 pedaços de frango, é só dobrar a receita. Dois pacotes de sopa e duas long necks de malzbier.
A melhor dica para saber quando está pronto o prato está no aroma, sua cozinha e casa vão estar bem cheirosas, outra dica, está no osso, toda carne quando pronta solta facilmente do osso, no frango isso é muito mais fácil de perceber.
Para acompanhar pode ser um arroz branco, um pão ou a sugetão abaixo, apenas com batata palha. Bom apetite.

terça-feira, 3 de março de 2009

ESTÍMULOS CULINÁRIOS

Um blog culinário, era algo que eu já devia ter criado antes, opa desculpe, meu nome é Ricardo Toscani, não sou nenhum chef, estou mais para trainee, gosto de uma boa comida (não é hora de maliciar), tenho muito prazer em cozinhar, um prazer que só é menor que o de comer, aqui podemos maliciar.
Cozinha não é dom, é na verdade um estímulo. Quando cozinhamos e a pessoa amada ou nossos convidados, comem com gosto e elogiam, o incentivo é imenso, positivo, gratificante.
Eu aprendi a cozinhar com estímulos, o primeiro deles, e creio que o mais importante dos ingredientes, principalmente para a sazón, foi o amor.
O segundo, mas nem por isso menos importante, o meu irmão Rodrigo Toscani.
Pra esse ecxelente incentivo culinário, preciso contar uma história, mas não deixa de ser uma história de amor.
Há muito tempo conheci uma menina linda, com lindos cachinhos, um caminhar tão solto e charmoso, que fazia seus cachinhos dançarem. Tinha um balançar diferente, o que meus olhos viram de beleza nessa menina, na verdade meus ouvidos tinham reconhecido antes, quando percebi na sua voz, muito mais do que uma mulher bonita.
Com a pele bem branca, assim meio francesa, sempre que ela podia deixava a barriguinha a mostra, o que me deixava de olhos fixos do cabelo ao umbigo, e do umbigo a sola do pé de um tennis all star. Quis namorar, na hora, na verdade, trair, namorava outra na época, ela também tinha um outro romance.
O jeito é esperar, como toda receita; é preciso que chegue no ponto certo.
Esperamos na verdade mais do que imaginamos, estudamos nos mesmos colégios, estivemos nas mesmas festas, até na festa onde dei meu primeiro beijo ela estava. Era na casa da Telise, eu não conhecia a anfitriã, mas ela me convidou, e a Fernandinha, que foi meu primeiro beijo, estava lá, tudo arranjado, Lucia também, mas não era o momento de conhece-la, ainda não estávamos no ponto.
O tempo passou, muitos sabores, amores e desamores, (isso é meio globo, mas é justamente pra criar um clima de novela). O que importa é que desde o trote da faculdade, onde conheci Lucia, até uns três anos depois fiquei meio que apaixonado. Não sei bem o que era, era algo como sempre gostar de ohar pra ela. Até num dia 23 de março de 2001, viva Kubrick, soube que ela estava sozinha, fui numa festa dos bixos, dos meus bixos, a hierarquia é estranha mesmo.
Encontrei com ela, alguém tocava my girl no violão, era o dimi, e eu que não canto bem, por milagre consegui cantar no tom certo, e olhei pra ela, na festa só conversa, nenhum beijo, quando fugi para pegar uma cerveja, e não cair em tentação, tava de rolo na época, ela sumiu. Horas mais tarde encontro ela dançando, na catacumba no DCE, (diretório central dos estudanes), a catacunda é o sub-solo dessa boate, onde tocam bandas punks, e outras músicas rejeitadas pela sociedade, nesse dia tocava música eletrônica. A luz estroboscópica deixava tudo mais lento, fui me aproximando, seguia o balanço eletrônico. A conversa não precisava mais, pelo tanto que já tinhamos conversado na festa, então beijei, e ainda hoje, quase oito anos depois, ainda me sinto no DCE.
Mas passado um mês e alguns dias do primeiro beijo, levei a menina para minha casa, apresentei para familia, e claro convidei a linda guria de cabelos cacheados para jantar comigo. Me fechei na cozinha com ela, romance, olhos brilhando, aquela energia do novo amor, das descobertas. Digo para ela não se preocupar pois vou fazer nosso jantar. Sorrisos, carícias, amor.
De repente, o segundo estímulo abre a porta.
Meu irmão Rodrigo olha para Lucia, pela pequena fresta que enquadra seu rosto, pisca o olho, de maneira muito simpática, com um sorriso no rosto, pergunta e enfatiza:
"É omelele? Não é!?"

segunda-feira, 2 de março de 2009

OMELETE QUE CONQUISTOU LUCIA FARIAS

















Essa omelete quem me ensinou foi minha irmã Renata, que há três dias atrás completou 39 primaveras, mas com corpinho de 25.
Omelete é um prato que não requer muita prática, nem experiência, mas é muito bom pra começar na arte da culinária, pois temos que escolher bem os legumes, picar direitinho, isso requer habilidade com a faca, pouca, mas é um prato que não vai te deixar horas preso na cozinha, vamos chamar de refeição nível 1, foi o primeiro prato que aprendi por isso nada mais justo que começar por ela.









Bueno, vamos aos ingredientes.
- dois ovos,
- dois tomates, não muito grandes,
- uma cebola grande,
- um dente de alho,
- um pimentão, se quiser usa inteiro, eu uso meio.
- queijo, esse nunca é demais.
- presunto ou salame, vai na preferência de cada um.
- fermento Royal, aqui vemos um caso claro de metonímia pois não precisa ser Royal, basta que seja fermento químico em pó.

O preparo é simples, deixe cortado os tomates, cebola, pimentão, alho, queijo e o presunto, eu prefiro esse que o salame. Com essa parte concluída, pegue os ovos, com carinho, quebre, pode apenas fazer um furo, da espessura de um dedo mingo em uma das estremidades do ovo, e escorra as claras num prato onde baterá as mesmas em neve. Deixe as gemas separadas em outro recipiente.
Para bater as claras, solte o braço, pense em suas mazelas, gire, gire, cada vez mais forte, até chegar ao ponto certo. Com cautela tente virar o prato onde elas estão, se elas não cairem, é sinal de que estão prontas.



















Agora o momento mais importante, é aqui nessa etapa que sua omelete deixa de ser uma mistura comum de ovos e vira A OMELETE QUE CONQUISTOU LUCIA FARIAS. Adicione as claras o pó Royal. A medida? As costas de uma colher chá, sabe, do jeito que muitas crianças comem danoninho. Só isso, pouco fermento, mas fará muita diferença.





















Agora coloque as gemas, misture o tomate, cebola, alho, pimentão, queijo e o presunto, coloque sal a gosto, ponha na frigideira de sua preferência e vá trabalhando em fogo baixo.
Pronto, agora é só paciência e bom senso, pois o aroma vai denunciar quando ela estiver pronta.
Pode virar no estilo panqueca, mas com confiança, pois se fizer com medo vai sujar todo fogão.