sexta-feira, 24 de abril de 2009

MINHA VIDA COM PIPOCAS

















Começo citanto uma grande obra do cancioneiro popular.

Picoca na panela.
Começa a arrebentar,
Picoca com sal,
Que sede que dá.

Pipoca, meu bem, pipoca, tem pro paulista e também pro carioca.
Meu primeiro contado íntimo com as panelas, a primeira vez que cozinhei.
Demorou, mas minha persistência foi recompensada. Primeiro queimavam, quando começava a sentir o cheiro, já era tarde, tudo preto dentro da panela.
Quando acertei o tempo de fogo, o erro na quantidade de azeite foi o próximo obstáculo. As pipocas mais brilhantes, lustrosas, quase transparentes, foram nessa fase.
Quem poderia me ajudar?
Na época creio que eu já tinha meus 9 ou 10 anos. meu irmão uns 12, já praticamente dominava o fogão, as dele nunca matavam ninguém, sempre muito cheirosas e saborosas.
Rodrigo seria a úncia pessoa em casa que não iria se preocupar, com um cara de 9 anos e meio de vida, mexer com gás, fósforos, e fogão, sozinho. Com a mãe professora, no colégio, o pai no bancário, não banqueiro, também trabalhando, e as irmãs na faculdade.
Enfim, só ele poderia salvar minha sessão da tarde. Por certo que as pipocas lubrificadas e pretas ficariam para trás. Descobri o segredo. Tirando o colégio nada mais poderia atrapalhar minha sessão da tarde.
O pior é que só fui estudar no período da manhã aos 12, quando perdi minha mãe.
Espionar Rodrigo, valeu a pena! Descobri que ele esquentava o milho antes de jogar o azeite. Claro que se pedisse, acredito que teria me ensinado, mas e a aventura? É preciso um pouco de suspense.
Minha pipoca agora encotrava o terceiro obstáculo, o famoso, sal a gosto, o problema é que gosto muito de sal. Mas essa etapa foi fácil.
Sétima série, oitava série, foram uma beleza, inúmeras sessões da tarde. Com pipoca quente, sequinha e salgada. No entanto a professora foi embora no meu primeiro dia de aula matinal, as 10:30 e eu com 12 anos e meio, me agarrei em pipocas, todas tardes. Filmes e pipocas, para diminuir tristeza e a saudade. Aprendi a cozinhar. Quando enjoava das salgadas, jogava açucar. A vida é assim. Quando enjoava de pipocas fazia negrinho, ou brigadeiro, para os paulistas. Bolos, que sempre abatumavam, a bem da verdade eu fazia brownies, e não sabia.
Bom, ja tinha dado meu primeiro beijo na Fernandinha, já quase pronto para mudar de colégio deixar a oitava série. O tempo já tinha avançado, quase dois anos depois que aprendi a fazer pipoca, e que minha mãe tinha morrido. Surgia nas casas brasileiras e santamarienses, os fornos de microondas, começava em 1993 a era da pipoca digital.
Eu parei por muito tempo de fazer pipoca analógica, algo do tipo panela no fogo.
Vez ou outra na casa de alguém eu comia, sentia a diferença, mas me mantinha indiferente.
Mais tempo que passa.
Namoradinhas, porres, alguns cigarros, cartas, mais cigarros, outras coisas, bebidas, cursinho, namorada, faculdade, DCE, ex-namorada, namoradinhas, mulher que amo, São Paulo, formaturas, futebol, perna quebrada, morar junto. E ela compra uma pipoqueira.
Vivemos felizes para sempre, principalmente porque gatinha, ou Lucia, acrescentou a manteiga que faltava na pipoca da minha vida, e agora vamos ter uma filha.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

PIPOCA COM MANTEIGA



















Qualquer coisa com manteiga fica bom.
Como já sabia e nos mostra Marlon Brando, em sua memorável cena no filme, Último Tango em Paris.
Pipoca então, nem se fala.
Mas nem todo mundo sabe fazer essa maravilha, que parece ser tão fácil, quanto passar manteiga no pão.
Ao contrário. A pipoca exige certa prática, na verdade um timming perfeito.
Não pense em usa-la como azeite, não funciona.
Certa vez João Gordo e sua simpática esposa argentina Viviane Torrico, cozinharam para Marcelo D2, no programa, Gordo Cozinha, acho que era isso. Eles nessa ocasião cozinhavam laricas para seu convidado. No cardápio do show, brigadeiro, ou negrinho como dizem no Rio Grande do Sul, e pipocas com manteiga. No salgado o brilhante casal, se perdeu, usaram a manteiga como azeite. E como já disse, não é assim que se faz.
Vou ensinar.
mas antes...

Os ingredientes:

• Milho para pipoca
• Azeite
• Manteiga
• Sal






















Modo de preparo:

Numa panela, já no fogo, coloque o milho, espere para colocar o azeite.
Em menos de um minuto os milhos soltarão um agradável aroma. Se mexer a panela, verá uns pontinhos pretos no milho, nessa hora jogue o azeite, não precisará muito óleo, sua pipoca ficará mais saudável um pouco.
Aí vai ser aquela batalha dentro da panela, muitos estouros, então coloca a tampa senão sobra pra ti. Naquele momento em que parece que a panela vai explodir de tanto barulho, abra a tampa com coragem e jogue um pedaço generoso de manteiga.
Pronto, agora vai dar mais um rebuliço, mas já pode baixando o fogo, tá quase pronto, desliga a panela. Só falta o sal. Daí passa um cafézinho, abre um refrigerante, assite o Último Tango em Paris. Assiste qualquer filme. Aliás, bom filme.
Falando em filme, apresento o festival, Vergonha Alheia Própria.
Sentir vergolha alheia já dói, mas a própia é uma dor lancinante, não é mesmo Xuxa?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

EU TROUXE FISH AND CHIPS






















O mercantilismo, suas caravelas e as buscas por especiarias. Todo mundo que viaja traz alguma coisa, Colombo, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, o importante para esses rapazes era chegar as índias, e de lá trazerem noz-moscada, pimentas, ouro e o kama-sutra. Alguns erraram suas rotas, mas seus erros por sua vez se tornaram acertos, Colombo chegou a América, Pedro também chegou na América, mas precisou ir mais para baixo, pois os espanhóis já eram donos no norte, naquele tempo era assim, pegue dos índios, mas não dos europeus, o respeito era artigo tão raro quanto as especiárias indianas.
Bom, mas todo esse couvert é pra dizer que quando iverti a busca pelos continentes, isto é, saí da América do Sul e me bandiei pra Europa, resolvi explorar. No meu roteiro, Amsterdam, Dublin, Londres, Barcelona, Maiorca, Carvalhal de Azoia e Lisboa.
Estava ancioso pelo velho continente, cada cidade com seu sabor. Amsterdam e suas batatas fritas com maionese;
Dublin com fish and chips, no papel.
em Londres tem o english breakfast, o fish and chips, mas a comida chinesa de Chinatown foi a melhor pedida.
Na Espanha: tapas e jamón;
E chegando em Portugal os frutos do mar e é claro o bacalhau, mas lá conheci uns peixinhos que servem de entrada, os carapaus, o nome é uma beleza, o sabor melhor ainda.
Todos os sabores foram espetáculares, fecho os olhos e posso sentir todos os aromas, lembrar de todas as cores, de cada prato em especial, mas quem está alojado em pontos especias do meu cérebro e coração, é o Fish and Chips irlandês.
A dica foi do nosso guia na Irlanda do Sul, ou Eire, Pablo Burtet, também conhecido como, pintinha. Esse rapaz muito querido, um exemplo de cavalheirismo, pesquisou e chegou no melhor fish and chips da cidade, indicação do seu chefe, o gerente do hotel Shelbourne. Vi a fachada do lugar e pude ouvir um coro de anjos cantanto, (óóóóóóóhhhhhhh), que visão. Entramos no lugar, mais coro de anjos, fomos atendidos por um simpático velhinho, pedimos, eu e gatinha dividimos um smoked cod, ou bacalhau defumado.




















Felizes com nossos pacotes, saímos do lugar que não tinha mesas nem onde comer, o que foi melhor, pois decidimos comer em um parque, cada um carregava um cheiroso e gordo papel pardo, eu já não me aguentava, estava louco para abrir o pacote já no caminho, mas fui paciente. Quando abri o pacote, eu vi o céu - e ele é muito saboroso.




















No outro dia, mais passeios e acabamos indo almoçar em uma espécie de shopping, achei a mesma franquia do simpático velhinho, mas lá não se vendia fish and chips no papel (no jornal então nem pensar) então comi no prato mesmo, quando terminei fui até o restaurante devolvê-lo e iniciei um diálogo com a moça do caixa, with my english from de jungle.
– Hi, i'm from Brazil, and i like fish and chips! How i do? Not here, in Brazil, for my friends.
– Just flour and water. (Responde a moça)
– How many eggs?
– No eggs, just flour and water. (responde o cozinheiro irlandês)
Então, sigo com meu inglês capenga, mas infalível. E direciono outra pergunta que apresento aqui já na versão dublada.
– Qual o ponto da massa?
Ele me responde, dizendo que o ponto é simples, levante a colher com um pouco de massa, se essa escorrer de forma lenta e suave, a massa está pronta, mas sempre é bom deixar um pouco na geladeira.
Final da história, assim - como outros tantos exploradores - atravesso o atlântico, com novidades e especiarias e como diria Elba Ramalho: "trazendo na mala bastante saudade".

domingo, 12 de abril de 2009

FISH AND CHIPS






















Mais um campeão de audiência.
Com vocês o fish and chips do culinária tosca.
O maior filme produzido pelo blog até então.
Apresentado em duas partes, está no mínimo; estupendo.
Minha filha só não viu e gostou, porque ainda não nasceu.
Dirigido, escrito, produzido e atuado, brilhantemente, por Ricardo Toscani. Jovem ator formado pela EADM,D,X&R (Escola de Artes Dramáticas Marmo, Dolabella, Ximenes & Reymond), pós graduado nas Escola de Atores Sylvester Stallone.
O prato ficou maravilhoso, somente um pouco salgado - mas para uma primeira e tendo em vista que toda primeira vez nem sempre é muito boa; esse foi ótimo!
Não é Paris Hilton!?

Forte abraço, e aproveitem o filme.



Antes da parte dois:
EXCLUSIVO!
Informamos os ingredientes usados na produção.

• Filés ou postas de peixe.
• Batatas cortadas palito.

Agora a massa para empanar os peixes.

• 1 xícara (200 ml) de água.
• 1 xícara (200 mg) de farinha de trigo.
• 1 colher de chá de sal.
• 1 colher de chá de bicardonato de sódio.
• 1 colher de chá de vinagre branco.

Modo de preparo:

Assista a segunda parte.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

PURURUCA DE BACALHAU






















Novo vídeo do culinária tosca, mostro evolução; segundo Juca Chaves a diferença entre o câncer e o Piauí, é que o câncer evolui. Por isso convido vocês a assistirem. E se perceberem uma progressão deste que vos escreve, no vídeo, apresentado, é sinal de que eu já passsei a fase Dado Dolabella e posso voltar a falar mal da atuação do Erik Marmo. Bueno, confere o anterior, recordar é viver, assim podes comparar melhor.
O que vou ensinar nesse vídeo é a pururuca de bacalhau, o vídeo tá bem didático, nível Record - jornalismo verdade.
Isso tudo é um preparativo para Sexta-Feira Santa, dia de comer peixe, ontem, as 17 horas e 17 minutos de quinta-feira, 9 de abril de 2009, fui ao Mercado Público de Pinheiros, e comprei um bacalhau. Inspirado na receita de um programa de televisão, da tv record - jornalismo verdade, onde vejo junto a um dos apresentadores do programa em questão, um senhor dono de uma banca do mercado público de São Paulo, a limpar um bacalhau. Entre as dicas de como não ser enganado e comprar um bom peixe, de boa origem, ela dá uma preciosa: a pururuca de bacalhau.
Como já disse amanhã é Sexta-Feira Santa, e o cardápio que pensei para esse dia foi fish and chips. Pego o peixe preferido de Portugal e junto com o prato que mais comi na Irlanda. Dos cinco países que visitei com a bonotour, os lugares onde comi melhor, foram Lisboa e Dublin, essas duas capitais tem um sabor inesquecível e inspirador para mim.
A prévia do fish and chips de bacalhau, é a pururuca de bacalhau. Um bom filme a todos.



Agora a segunda parte.



Eu lavei a pele pelo menos por uma hora, troquei a água três vezes, fui no mercado demorei uns outros 30 minutos, e voltei para a cozinha.
Tirei a pela, deixei secar um pouco e comecei a cortar o couro do bacalhau já bem lavado.



Depois de cortar algumas tiras, começou a cozinha experimental. Coloquei as peles em dois dedos de óleo bem quente, fritou, ficou bom, mas não como eu esperava, não abriria uma boa cerveja pela pururuca, espercava bem mais.
Então pensei, já que preciso lembrar de como se faz a massa para empanar o fish and chips irlandês, porque não tentar empanar a pururuca com a mesma massa, e foi isso que fiz.
Na segunda vez que comi o fish and chips, tomei coragem e perguntei com meu inglês Borat, como poderia fazer aquela massa, contei que eu era do brasil, e queria fazer quando voltasse pra lá. Uma moça muito simpática me passa a receita, outro rapaz não muito simpático, devia ser o namorado dela, confirma a receita e acrescenta um "no eggs", pois para mim era certo que levaria ovo.

A receita da massa para empanar o fish and chips, e que eu sabiamente usei para empanar a pururuca é:

Ingredientes:

• 1 xícara de chá de farinha de trigo
• 1 colher de café de sal
• 1 colher de café de bicarbonato de sódio

• 1 colher de café de vinagre branco
• 1 xícara de chá de água.

Modo de prepararo:

Pegue um recipiente e nele coloque a farinha, depois o sal, misture ambos. Na xícara de água coloque as medidas de bicarbonato de sódio e o vinagre branco. Junte essa solução com a farinha e o sal, misture até obter uma massa homogênea.
O ponto da massa é simples, depois de tudo bem misturado, pegue uma colher com um pouco de massa, vire a colher, para deixar cair dentro do recipiente, se descer lento da colher até o restante da massa está pronta.
Daí é só empanar as tirinhas de pele de bacalhau, e fritar, vai ficar muito bom, juro!
Não é cachorra?














A trilha sonora que embala o filme é "Povo Que Canta", uma coletânea de canções portuguesas.

terça-feira, 7 de abril de 2009

PIMENTA NO KIBE CRU É COLÍRIO



















O Kibe, está muito presente na história da minha familia. Diz "a lenda" que meu bisavô gostava tanto dessa iguaria libanesa que até colocou nas filhas nomes dos ingredientes dessa receita.
Minha vó que era a mais velha chamava-se Saluwa, algo parecido com salvia e minha tia avó, Alia, cujo temprero de origem está mais claro. "A lenda", que prefiro chamar de Renato, meu pai, é um descendente de italiano que quando ingressou na familia de minha mãe aprendeu a fazer kibe, minha mãe era filha de um homem de sangue português, Romeu Vaz Raymundo com a sírio-libanesa Saluwa Neheme, mas que nos áureos tempos dos cartórios brasileiros virou Neme. Quando a familia viajava para São Gabriel, cidade gaúcha conhecida como terra dos marechais, era certo que em algum dos dias teriamos o kibe da familia no cardápio. Nessa época quem fazia o quitute era minha mãe, mas meu pai estava ali, sempre pronto para o que precisasse, e foi se tornando cada vez mais apto ao preparo da receita. Geralmente uma grande festa, movimentava toda familia, pois os mais novos que ficavam em volta querendo comer, eram colocados no serviço, fazendo bolinhas com a massa crua para fritar.
O tempo foi passando e estas festas foram acabando, primeiro veio a morte de minha mãe, depois chegou a vez do meu avô ir embora, por último minha avó com nome de tempero, pegou a estrada para encontar sua filha mais velha e seu marido.
Coube então a Renato Toscani, não deixar a receita morrer, ele junto de meu tio e padrinho Gilberto Neme Raymundo, vez ou outra marcavam um almoço dominical para que pudessemos recuperar um pouco do tempero e da alegria que fomos perdendo aos poucos. E com o tempo ela ressurgiu, e passados muitos anos os raros encontros foram ficando cada vez melhores, eram poucos sim, mas muito felizes. Num desses encontros já estava namorando Lucia, estávamos em Santa Maria, e gatinha disse, que desde que começamos a namorar eu nunca tinha lhe mostrado o meu kibe, que eu era um sírio-libanês de araque, veja bem, não é turco, é sírio-libanês.
Já havia pedido a receita para o meu pai inúmeras vezes e realmente nunca tive coragem de executa-la, mas nesse dia Lucia disse:
– Aprende a fazer. Olha bem pra depois fazer lá em casa.
Já morávamos em São Paulo e namoravamos há uns quatro anos, e nada de eu mostrar o kibe. Mas nesse almoço fiz meu workshop de kibe, graças a suave pressão de gatinha, e muito atento a aula pergunto ao meu tio beto:
– Tio como faço o kibe cru?
Toda familia que ali estava começa a rir.
Então meu tio responde:
– É só não fritar.

Moral da história:
Depois de sete anos de namoro, presenteei Lucia com meu kibe, no seu aniversário de 28 anos.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

MEU SANGUE LATINO, ITALIANO, PORTUGUÊS E SÍRIO-LIBANÊS























O melhor kibe do mundo.
Mesmo?
Isso é gentileza da minha amiga, designer gráfico, cabeleireira, costureira e baixista Camila Fank.
Mas para fazer um kibe é preciso ter sangue mouro ou árabe nas veias, o meu é bem misturado, mas na minha foto do passaporte, meu sangue sírio-libanês passou por cima de todas minhas etnias, quem sabe para que um dia eu fosse barrado em algum aeroporto, e isso aconteceu.
Mas é outra história, contarei em outra oportunidade.
A receita que apresento é de familia, conto a história dela e como aprendi no post anteriror. Resumo da seguinte forma.
Liguei para o meu pai, pedi, anotei, pela quarta vez provavelmente, mas inseguro e distraído que sou, não me contentei apenas com a tradição familiar, e fui buscar ajuda na popular casa de lanches árabes de São Paulo - Jaber - uma luz, para aprimorar a receita de minha tia Alia.

A receita dos Neme, originalmente os Neheme, é:
• Trigo, 1kg.
• Carne 1kg, moída duas vezes.
• Cebola, três delas.
• Alho, cinco dentes.
• Ervas, cheiro-verde ou salsinha, cebolinha e h
ortelã
• Pimenta síria e noz-moscada.
No entanto ela sofre modificações, o meu kibe é diferente, a base dos ingredientes é essa, mas tenho outros truques na manga, portanto, continue lendo.



























































































Agora a receita do Jaber. Mas antes conto uma pequena história:
Fui no mercado comprar os ingredientes para fazer o kibe para o aniversário de Lucia, sem a lista de ingredientes, então passei na lanchonete árabe e perguntei para o moço da cozinha, como faço kibe, ele responde que a medida usada por eles é 1kg de carne para 1/2kg de trigo, e para cada colher de sal, duas de Aji-No-Moto.
Isso mudou tudo, saí do Jaber com duas dúzias de pão-folha, dois potes de 500g de coalhada seca e a cabeça confusa. Já no mercado, coloco no carrinho todos ingredientes da receita familiar, fui lembrando aos poucos, mais a contribuição do generoso cozinheiro do Jaber.
Chego em casa, vou para cozinha, coloco todos ingredientes na bancada de minha pia, e acrescento mais um, amaciante de carnes, pois decidi, fazer uma receita própria, ao estilo da familia, misturando todos os ingredientes, tanto para massa crua, quanto para a frita; mas adotando, as proporções de trigo e de carne do Jaber.

Então, o kibe do culinária tosca fica assim:

• 500g de trigo para kibe.
• 1Kg de patinho moído duas vezes.

• 3 cebolas, bem picadas.
5 dentes de alho, bem picados.
• Salsinha, cebolinha e hortelã, também picados
• Um pouco de pimenta síria e aproximadamente 1/4 de noz-moscada ralada.
• Amaciante de carnes, Aji-No-Moto e sal, a gosto.

Modo de preparo:

Acrescente água ao trigo, depois aperte esta massa para tirar toda água, aconselho uso água morna, para deixa-lo mais macio.

Coloque o trigo úmido numa bacia, junte a carne, coloque sal, amaciante de carnes, aji-no-moto, sem muito critério, mas sempre provando, pois sal demais não tem concerto.
Agora coloque cebola, alho, as ervas, pimenta e noz-moscada, tudo aos poucos, e misture.















Aproveito o momento para explicar que nas lanchonetes árabes, para o cru, apenas misturam o trigo, a carne e o sal, por isso nesses lugares o cru é vermelho. Minha familia sempre misturou tudo, o que deixa o cru marrom, porém bem mais gostoso e impossível não pensar besteira.
Coloque a massa crua nos seus melhores potes, prepare o pão folha ou sírio e uma boa coalhada para comer o cru, que pode ser comprada no Jaber, ou em algum outro restaurante ou quituteira árabe.
Para fritar faça bolinhas, ou aquele formato mais fálico, e mande pro azeite bem quente.
Diversão garantida para todas raças, credos, sexos e idades.
Aproveitem.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

PELE DA GALINHA FRITA (PURURUCA DE GALINHA)






















No post anteriror, galinhas bêbadas, eu tirei a pele da galinha, pois ela deixa o molho do frango muito gorduroso, mas você que é jovem, aliste-se no exército brasileiro, digo, você que pode ainda comer uma gordura, se suas artérias desconhecem o problema do alto colesterol, goza de uma boa saúde. Pegue essas peles, pois estamos em tempo de crise, e desperdiçar não é a solução para ela.
Reciclar sim, então, com sua melhor faca faça tirinhas com a pele que sobrou, numa panela com óleo a uma altura de um dedo indicador, na horizontal por favor, pois vamos fritar peles de galinha, um alimento letal se consumido sem prudência.
Jogue as tirinhas de pele no óleo quente e deixe dourar. Sal a gosto, uma cerveja bem gelada, pegue o telefone e disque 1...9...e se o coração começar a doer, disque o zero.
Lembre-se, o que não mata engorda.