quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Quero mais um ano agridoce, como a geléia de pimenta.





















Hoje deixo a velha cozinha.
Abro a porta da nova. Se eu parar pra pensar o que foi 2012 pra mim, sem dúvida quem vai liderar a lista é a mudança de logradouro. Sair da cozinha mais legal que já vi e vivi na vida, e procurar uma nova, um novo apartamento, marcou de fato.
Quando no dia 19 de julho me ligaram pra falar, mas só ouvi 4 dias depois...
"Vocês tem até o dia 31 de setembro pra deixar o apartamento."
O meu mundo acabou, bem antes do previsto pelo calendário Maia.
Gatinha chorou, eu chorei escondido, Alice chorou, mas deve ter sido por outro motivo.
No entanto o choro de Lucia abriu meus olhos. Sempre ela fez e correu atrás de tudo, nossa relação é de mutualismo, cooperativa, mas ela faz o mundo girar mais rápido e seguro. Nesse dia estava cansada. Não queria mais ser a adulta, a cabeça pensante. Chorou e disse que agora estava comigo.
Eu matei no peito, tive que matar, é a expressão mais correta.
Fomos para um site e procuramos, marcamos os melhores preços nas melhores localidades. E o mundo tinha caído, tinha desabado...
Como nas músicas da Maysa.
O tempo passava, odiávamos o casal que queria tomar o nosso lar.
Viram que tinhamos uma moradia cheia de amor, carinho e muito da nossa história, mas decidiram acabar com tudo.
Estava difícil encontar um novo lar.
Tinha um perto de casa, mas teríamos que abandonar o outro cafofo, o Cafofo.
Estava cada vez mais longe o sonho de continuar no mesmo bairro, e das preciosidades de cada mercado, padaria, feira que já tinhamos eleito nas caminhadas com a cachorra e depois com a criança como as melhores opções para nossa simples vida sem carro.
Então, deixamos de odiar, passamos a entender. Começamos a olhar pro velho apartamento como um amigo que vai viajar pra bem longe. Ou como alguém que cuidamos por 7 anos, mas que depois precisa voltar pra sua verdadeira casa, ou ser a verdadeira casa dos verdadeiros donos.
Com esse recente olhar, achamos um novo, bem grande, bem localizado, muito bem iluminado, bem mais caro. Na avenida 9 de Julho. Mas se sacrificassemos o Cafofo, poderiámos morar lá...
Decidimos! Eu ou Lucia deixariámos o Cafofo de vez.
Marcamos uma reunião, e nesse momento aparece na minha frente outro grande momento de 2012 e da vida, a amizade verdadeira.
Camis e Kates, duas grandes irmãs, dessas que a gente escolhe no mundo, nos seguraram no bairro e no Cafofo. Estava decidido o Cafofo só poderia existir com os 4, portanto ninguém sai, bradaram as duas. A procura continuou.
Algumas visitas ao apartamento dos sonhos na 9 de Julho, e a triste realidade, e a constatação feita por outra amiga, Bárbara, é o nome dela mas pode ser um adjetivo também, de que teriámos que gastar muito além do aluguel e do condôminio para morar lá.
O sonho acabou e também os brioches.
Como quem procura acha, gatinha olhou para o céu e na sacada de um apartamento viu a placa de aluga-se. Me ligou, eu liguei pro número, visitei o apartamento e me deparei com uma parede verde, um mapa-mundi na cozinha e a vontade imediata de me mudar.
No outro dia a gatinha é quem visita o apartamento.
Volta com uma grande vontade morar lá e com o mapa-mundi da cozinha.
Daí pra mudança foi só um corre-corre, rápido, atrás de documentos, depois a espera para aprovação, o sim, o liga pra transportadora e o empacota.
Assim mudamos, e com a ajuda de todos, pra melhor.
Fábio e Preta raptaram a Alice no sábado para finalizarmos a mudança. E entregam para minhas irmãs no dia seguinte, para a criança já dormir num quarto novo, numa casa nova.
Luciana, Camis, Tereza empacotam alugmas coisas, quem chega, pega uma caixa, foi assim durante todo agosto com gatinha, enquanto invisto meu tempo num curso de dublagem.
Carol e Rodrigo fizeram nosso último jantar no prédio 135. Depois nos deram umas caronas transportando muitas coisas para o novo número da rua paralela.
Katiane e Felipe Damião o mesmo.
No outro dia Moika e Fê Kalena, cedo, nos ajudaram e desmontar, desinstalar, montar e reinstalar.
No fim do dia um almoço às 18 horas no 135.
Meu sogro e Gatinha transformaram a nova casa, em antiga casa, ficou tudo igual, só que melhor...
Eu e meu sogro reconstruímos a mesa da cozinha, que foi cedida pelo casal Elis Martini e André Schröder.
Em uma semana nem parecia que tinhamos nos mudado, parecia sim que morávamos há 7 anos alí e logo iriámos completar 8...
Essa nova casa foi construída por tantos amigos. Pronta é mais que uma casa, é um grande salão de festas, mesmo quando não estamos nela; e descobrimos isso enquanto viajamos e deixamos de caseiros alguns amigos, o que é muito legal.
Meu 2012 teve muitos outros momentos, foi um bom ano, como todos os 33 que já vivi, esse tornou-se especial, difícil, talvez por isso eu goste dele.
No entanto tudo isso só pra apresentar a cozinha nova. E uma receita.
Contemplem a nova cozinha da Culinária Tosca.
O que apresento é uma geléia de pimenta. E pra mim essa receita complementa muito bem essa história. Agridoce e picante. Cortei os momentos picantes, mas sabe como é apartamento novo...

Enfim, os ingredientes.
• Seis pimentas dedo-de-moça, (sem sementes).
• 2 xícaras de água.
• Suco de 2 limões.
Assistam agora a primeira obra cinematográfica da Vergonha Alheia Própria Produções, na nova cozinha da Culinária Tosca. E feliz 2013, que ele venha doce, picante e amargo, mas cheio de vida!





terça-feira, 27 de novembro de 2012

Vinte sete de novembro, feliz aniversário!























Fechei um ciclo!
Fui até um casamento, num 24 de novembro, pagar a pintura do antigo apartamento, que hoje completaria 8 anos, sendo a minha morada, na agradável Rua Simão Álvares.
Despedida da cozinha. Primeiro estúdio da Vergonha Alheia Própria Produções.
Um adeus sincero, do berço de muita coisa na minha vida.
No apartamento no 41 da Simão, nasceu muita gente, e muita coisa foi criada.
Lar da minha familia, o berço, primeiro palco, e surgimento da Alice, foi o primeiro estúdio fotográfico, era a cozinha tosca. Foi a mesa da primeira e segunda Toscozinha.
Era uma casa de festas.
Já foi palco de um baile de carnaval, já teve duas bandas de pouco sucesso A RecalqueRock, e a que foi originada pelas 3 noites de carnalval realizadas na sala do quarto andar, a Enquanto Miguel Não vem, que tocou num dia 29/11, para comemorar o aniversário da vocalista, que nascera num 22, do décimo primeiro mês.
Teve alegria em todo canto da casa, foi também também escola de canto, com um professor bastante alegre.
A gente foi pro 41 da Simão no dia 27/11, data bem importante pra mim, parei de fumar pela última vez num 27/11, uma semana depois de eu parar de fumar, minha mulher descobriu que estava grávida.
Achei importante parar nesse dia, pois o cozinheiro deste vídeo nasceu no dia 27/11e atende pelo nome de Meu Pai.
Bancário aposentado, viúvo, serviu o quartel, ou a pátria; e lá foi cabo do rancho.
Cozinhou para as tropas da Legalidade. Em travessia pelas cidades de Santiago e Santa Maria, rumo ao Palácio do Piratini.
Meu pai sabe cozinhar grandes quantidades, herdei isso dele.
Hoje esse post é para dar um tchau pra minha antiga cozinha, com toda amizade e amor que ela merece e que acolheu a todos.
O outro senhor, que está nesse vídeo atende pelo nome de Meu Sogro. É um homem da terra e do campo, como meu pai. Mas seu Paulo, é como eu chamo, é um homem de plantas, nada a ver com a legalidade. Seu Paulo planta arroz.
Meu sogro, é um homem investigativo, muito questionador. começa suas conversas com um, "As vezes me pergunto...". Numa dessas situações ele questiona o fato de eu falar pouco do meu pai como cozinheiro, e me referir muito a minha mãe.
Seu Paulo enxergou uma verdade.
Nunca tinha enxergado com nítidez quem me passou todo dom tosco e saboroso de cozinhar. Minha mãe está nas lembranças, um paladar mais escondido. Mas com meu pai tem uma vivência gigante. Ele cortando charque e eu roubando os cubinhos de carne pra comer cru.
Gosto de comer cru.
As criações, ás vezes não tão bem sucedidas, como uma camada de pães sírios, uma camada de arroz, uma camada de carne moída, ervilha, milho e batata palha, mostram todo seu lado criativo.
No entanto, o carreteiro do Seu Renato é flor de especial. E é o que temos pra hoje.
De um charque que ele mesmo fez.
Taí pra mim a beleza desse vídeo, três homens na cozinha, três pais. Eu, o meu e o da gatinha.
Eu corto o alho e a cebola, meu pai cabo-do-rancho fez o chraque, meu sogro planta arroz.
Tá pronto o carreteiro. São esses os ingredientes
Acompanha muito amor, amizade, carinho e respeito.
Uma casa alegre, de uma família feliz, tem sempre uma cozinha saborosa.
Tchau 41, feliz número 3 e feliz 2013, pois pode ser que eu só faça um novo post ano que vem...
Mentira.
"Amanhã eu me organizo". (Paulo César Peréio)

Bom vídeo a todos. Esse longa, é uma obra da Vergonha Alheia Própria Produções em parceria com a Orgulho Total e Intrasponível Filmes, assistam agora o filme, 3 Pais na cozinha do 41. E parabéns Renato Luiz Toscani. Eu te amo e te agradeço, a educação, o sobrenome, os valores e todo esse dom tosco na cozinha, e a esperança de que tudo dá certo no final!



 






sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Domingo 4 de novembro






















DOMINGO 4 DE NOVEMBRO, às 20 horas e 20 minutos.
30 vagas!
E o lanche continua com o cabalístico preço de R$ 20,00, exceto o vegetariano que custa R$ 25,00.
Sabores:
• Xis Costela Egg Bacon, R$ 20,00.
(ervilha, milho, tomate, alface americana, maionese caseira, ovo, queijo, bacon e costela bovina)
• Xis Coração Egg, R$ 20,00.
(ervilha, milho, tomate, alface americana, maionese caseira, ovo, queijo e coração de galinha)

• Xis Vegetariano, R$ 25,00.
(ervilha, milho, tomate, alface americana, maionese caseira, ovo, queijo e cogumelo shitake)

DIA: 04, domingo.
HORA: 20:20
PREÇO DO LANCHE: R$ 20,00, R$ 25,00 o vegetariano!
VAGAS: 30
RESERVAS: ricardo.toscani@gmail.com (Escolha seu sabor na reserva por e-mail)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

XIS do 4 de novembro!






















Notícia!
O dono da rede imaginária de restaurantes Ricardo Toscani, atualmente conhecido como "Louco do X", foi flagrado subornando dois pilotos da VASP e quatro comissárias gostosas de bordo, da VARIG. Ainda é desconhecida pelas autoridades a quantia envolvida na transação, mas segundo as comissárias gostosas, é bem pequena e rápida.
Ricardo Toscani, nega!
O motivo do suborno é claro para as autoridades. Ricardo quis estreitar relações com o panifício gaúcho, a fim de garantir o abastecimento fresco e seguro de pães de X, podendo assim garantir mais um Toscozinha, que tem no cardápio esse lanche dos pampas e leva o nome da vigésima segunda letra do alfabeto.
Segundo a assessoria, também imaginária, do mega empresário, o Toscozinha acontecerá sim, pois não existem provas concretas do suborno. E como o evento será no dia da eleição, Ricardo, o Toscani, acredita que as autoridades tem preocupações maiores do que um mero X. Embora fontes seguras garantam que não é tão mero assim...

Portanto o Toscozinha será:

DOMINGO 4 DE NOVEMBRO, às 20 horas e 20 minutos.
30 vagas!
E o lanche continua com o cabalístico preço de R$ 20,00, exceto o vegetariano que custa R$ 25,00.
Sabores:
• Xis Costela Egg Bacon, R$ 20,00.
(ervilha, milho, tomate, alface americana, maionese caseira, ovo, queijo, bacon e costela bovina)
• Xis Coração Egg, R$ 20,00.
(ervilha, milho, tomate, alface americana, maionese caseira, ovo, queijo e coração de galinha)

• Xis Vegetariano, R$ 25,00.
(ervilha, milho, tomate, alface americana, maionese caseira, ovo, queijo e cogumelo shitake)

DIA: 04, domingo.
HORA: 20:20
PREÇO DO LANCHE: R$ 20,00, R$ 25,00 o vegetariano!
VAGAS: 30
RESERVAS: ricardo.toscani@gmail.com (Escolha seu sabor na reserva por e-mail)

Pedimos, caso não possa ir, cancelar sua reserva com 24 horas de antecedência!












































Devido aos embrolhos com a justiça, também imaginária, não pude gravar outro vídeo, portanto, assistam mais do mesmo.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Eu mudei, mas não muito...Por isso, carreteiro de costela.




















Seguindo o modelo dos meus grandes mestres da atuação, Erik Marmo e Dado Dolabella, continuo o mesmo tonto no vídeo, sem nenhuma evolução. Aliás, nem ia colocar essa pérola da Vergonha Alheia Própria Produções, mas com as brilhantes atuações de Gessy Tereza e Alice seria muita maldade deixar isso na gaveta, lugar onde deveria ter ficado o The Voice Brasil.
Enfim, mas onde eu mudei? Se a atuação continua a mesma?
Bueno meus comprades, foi na vida. Primeiro apareceu um emprego fixo, depois pediram o apartamento que eu morei por sete anos, e não teve choro, teve, um pouco, mas nada adiantou chorar, tivemos que deixar a cozinha que foi o berço desse blog.
Por isso que meu amado blog estava assim com cara de abandono, mas quem vê Caras, não vê o que é bom, só vê algumas fotos do Chiquinho Scarpa sem camisa na ilha.
Volto agora, com um post maravilhoso, uma bela despedida da velha cozinha, e boas vindas a minha nova cozinha, bem mais ampla, bem mais espaçosa e muito mais cara, o que inflacionará os preços do Toscozinha, mas isso é outro post.
Para hoje, falaremos apenas de carreteiro de costela.
Esse carreteiro descende diretamente da costela na pressão.
Quando sobra carne, tanto no churrasco, quando nessa modadlidade (a pressão), o gaúcho sempre tem umas duas cebolas, alho e arroz para misturar com essas sobras nobres.
Então sem mais delongas até porque já demorei tempo demais pra postar uma receita.
Vamos ao carreteiro de costela.
O modo de prepraro, claro, fica com a renovada Vergonha Alheia Produções.

Os ingredientes apresento agora!

• Carne de costela picada em cubinhos
• Duas cebolas picadas
• Cinco dentes de alho
• Arroz parboilizado
• Salsa e cebolinha picados para finalizar.
• Sal a gosto.

Agora assiste e aprende, a cozinhar. Porque atuar, precisa muito estudo, meu conselho, observe os mestres. Eles estão na novela Máscaras, da rede Record.

Bom filme a todos.


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O retorno do XIS costela, egg, bacon gordura, XIS Coração, egg e do chapeiro maluco!

















Domingo, dia 12, quase um mês depois da primeira edição.
A rede imaginária de restaurantes, Toscozinha, apresenta.
O retorno do XIS costela, egg, bacon gordura, XIS Coração, egg e do chapeiro maluco!

DOMINGO 13 DE AGOSTO, às 20 horas e 20 minutos a chapa começa a esquentar!
Apenas 20 vagas!
E o lanche continua com o cabalístico preço de R$ 20,00.

Sabores:
• Xis Costela Egg Bacon
(ervilha, milho, tomate, alface americana, maionese caseira, ovo, queijo, bacon e costela bovina)
• Xis Coração Egg
(ervilha, milho, tomate, alface americana, maionese caseira, ovo, queijo e coração de galinha)

Agora se liga aí que é hora da revisão!
DIA: 12, domingo.
HORA: 20:20
PREÇO DO LANCHE: R$ 20,00
VAGAS: 20
RESERVAS: ricardo.toscani@gmail.com














































E o vídeo (o mesmo), pra não perder o costume.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Vai ter XIS no Cafofo na sexta-feira 13.























REGRAS DO JOGO!

6 vagas iniciais, com prazo até ás 23 horas. Não aparecendo perde a reserva.
Se não quiser fazer reservas, apareça, mas fica dependendo do estoque.

A lanchonete do Cafofo abre na sexta-feira 13, às 20 horas.
Chegou, faz o pedido e espera a vez.
O preço do lanche é R$ 20,00
O Cafofo tem refrigerante, cerveja e cachaça, R$ 2,00, R$ 3,00  e R$ 5,00, respectivamente.

Sabores:
• Xis Costela Egg Bacon
(ervilha, milho, tomate, alface americana, maionese caseira, ovo, queijo, bacon e costela bovina)
• Xis Coração Egg 
(ervilha, milho, tomate, alface americana, maionese caseira, ovo, queijo e coração de galinha)
Reservas, ricardo.toscani@gmail.com

O primeiro Xis a gente nunca esquece.
Todo sabor, que senti dos meus 6 anos de idade aos meus 23, tentei colocar na chapa que ganhei num churrasco na casa de Marco Menezes e Miriam Seligman, em Santa Maria no Rio Grande do Sul, terra do lanche que leva o nome de uma letra.
Trazer esse sabor pra São Paulo era o grande desafio. Como?
Melhor começar importando o pão, trouxe na minha última ida a terra santa.
A chapa, não consegui trazer, na verdade não quis coloca-la em risco no avião. Ela veio de carro, trazida pelo grande amigo e colaborador desse blog, Bruno, o Algarve.
Quando a chapa chegou, faltou o ingrediente principal, coragem. E coragem não tem no Pão de Açúcar, nem no Futurama, muito menos no Carrefour, pode ter no Zaffari...mas não é sempre.
Então, fui buscando essa coragem dentro de mim, nas vezes que fiquei olhando o experiente chapeiro Bagaio, fazer o xis com muito mal humor e falta de higiene pessoal. Quando bagaio aparecia barbeado, cabelo aparado, era o sinal de que seria uma semana difícil, pois ele e a chapa eram praticamente a mesma pessoa. Ele estando limpo, a chapa infelizmente também estava, e chapa limpa era lanche sem sabor.
Depois de mergulhar nas memórias do jovem Ricardo Toscani, debruçado no balcão do Celimar, vulgo Bagaio, é hora de ligar para o oráculo Régis Santos. Não é a toa que Régis do alto dos seus 30 anos esteja com muitos cabelos brancos, é muita sabedoria para uma só cabeça.
Régis é filho de Alzira, cozinheira de mão cheia, que também domina a arte desse lanche regional. Liguei para o Régis e pedi as quentes dicas da Zira, e ele me passou todas, das mais simples as mais complexas. Isso era terça-feira.
No sábado às 15 horas saio de casa em busca das espátulas perfeitas. A coragem já estava no nível máximo, só faltavam as armas certas para batalha,  e é bem fácil achar armas no Largo da Batata.
Espátulas, abafadores, pães de Santa Maria, chapa do tio Marco e a tal coragem, sim, porque para um rapaz da cidade coração do Rio Grande, se atrever a fazer esse lanche para seus patrícios, é preciso de muita. Mas agora não tem mais volta, estava marcado o encontro.
No mercado busco uma costela, corações de galinha (indispensáveis), queijo, ovos, o bacon, (imprescindível), tomate, alface (para diminurem a culpa), ervilha e milho, pois a culinária gaúcha não é nada sem ervilha e milho.
Agora é só esquentar a chapa.
Assim o faço, e assim registramos o primeiro Xis feito em São Paulo, por um filho adotivo de Santa Maria, pois eu nasci em Santiago...
Assista o filme, aprenda a fazer, mas se ficar com preguiça, aparece no Cafofo na sexta-feira 13 à partir das 20 horas.






terça-feira, 3 de julho de 2012

Anchova Minimalista






















A iguaria que será apresentada lembra o antigo movimento criado por algum artista.
Essa é a anchova minimalista.
Tal como a música de poucos versos, a peça com poucos diálogos, ou um desenho de poucos traços.
Essa receita tem poucos, mas precisos passos.
Os ingredientes, o próprio peixe, o sal grosso e o limão.
Tudo seguindo essa ordem, como no vídeo de demosntração.
A poesia não é concreta, nem lírica, muito menos moderna.
É apenas uma receita de peixe, como era feita no tempo das cavernas.
O que diferencia é o blefe, o nome pomposo.
Peixe, sal e limão, não precisa mais do que isso pra ficar gostoso.

Um bom filme a todos.
Mais uma obra da Vergonha Alheia Própria Produções.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Blog de férias, ou morto, ou não...
















Parece que o blog está de férias. Tanto tempo sem nenhum post. Mas eu acho que no fundo era isso, estava sentido que tanto eu quanto o Culinária Tosca precisávamos de um descanso.
Escrevo hoje com aquele gosto de volta ás aulas.
Assim a distância é muito mais saboroso. Sofria com esse tipo de redação, achava uma proposta injusta, ficar sentado descrevendo sobre um tema, dentro de uma sala de aula, relebrando o momento feliz longe dela. Mas assim é a vida, agridoce, como um vinagrete com geléia.
No entanto, vamos lá...
Minhas férias em Paúba.
Saí de São Paulo num sábado, ás 14:37.
Moro ha nove anos em São Paulo e ainda não conhecia o litoral bandeirante. Foram dois débuts. O citado acima e a primeira vez que Alice viaja só comigo, o pai. Desafio a frente.
Tiro de letra, na estrada poucas complicações, só um envolvendo a batata ruflles, e as curvas sinuosas das estradas que levam ao litoral.
Já no destino, amigos nos esperam.
Cervejas gelando, cachaça na espreita, e em breve um fogo que vai assar a maminha e muitas costelas, pecado da carne a caminho, com o bem-vindo pecado da gula.
O sábado já vira domingo, e ainda desconheço a costa paulistana.
Chega o domingo, e não é só o mar que está de ressaca.
O encontro é magnífico, melhor que o esperado. Praia de tombo, um ótimo banho nas águas de maio, a água me lembra um pouco a estação que estamos, mas vai esquentando a medida que me mantenho nela.
Algumas cervejinhas, depois, e uns goles de capirinha, voltamos para a casa. Lá além da habitual costela de Fábio Dias em exímio assador,  tem a Corvina Del Pescador, algo que classifico como um peixe frito assado, é preparado por  Bruno Algarve, um grande responsável pela existência de vídeos nesse blog.
Começa agora um especial chamado...
Quase Todo Dia um Peixe se Aguentar!
A Corvina del Pescador dominical da churrasqueira, dá lugar ao Peixe Vermelho com leite de coco ao forno. Esse preparado na receita original com sopa de cebola, no entanto como não encontro no mercadinho caiçara, faço um sal especial com alho esmagado, alecrim, pimenta, harmonia e boas vibrações, afinal estou numa praia quase deserta bitcho, a pipeline brasileira!!
Na mesma segunda-feira, a meia noite, sororoca assada, na churrasqueira. Nesse caso, o mesmo sal good vibe é colocado no peixe e nas batatas, que assam juntos na mesma grelha.
Na terça, dia do quase, ficamos com uma galinhada, e terminamos a noite com sandubas.
Quarta ao meio-dia um galetinho assado, pedaços que não entraram na galinhada, e uma massinha com molho mediterrâneo, são nosso almoço.
A quarta-feira a noite reserva o Risoto Lambe-Lambe, feito com mariscos, da praia do proctologista anão, a famosa Toque Toque Pequeno, (acho que foi o professor Rodrigo Bozano que a definiu assim).
Na quinta-feira mais um espetáculo da culinária maritima, A Anchova Minimalista, que acredito não ser uma invenção minha, exceto pelo nome. E os peixes vermelhos a moda del pescador, tudo na churrasqueira novamente.
A sexta-feira é o dia oficial do não vamos sujar a louça, assim nos dirigimos para o Canto do Paúba.
Lá, lulas à dorê de entrada, depois um escolhe uma picanha, as gurias pedem filé, uma com batatas purê a outra sauté, quanto a carne uma pede ao ponto a outra mal-passada. Já eu, fico com meio filé mal-passado, pequenos pedaços de picanha que mendiguei de Bruno e a sobra do almoço da Alice, arroz, feijão, iscas de filé e brócolis alho e óleo. 
Na sexta, depois do almoço, a tardinha, passado um pouco da hora do mate, chegam Carol e Bozano. Para quem não conhece, um casal maravilhoso, inteligente, de boa conversa, quase só virtudes. 
Vai começar o jantar, e ao colocar o carvão na churrasqueira Bozano declara:
– Ultimamente tenho me emocionado só com o cheiro do carvão!
Começa o churrasco. Corações, cupim e costelas queimam no alaranjado braseiro.
Bozano também ganha o título de exímio assador.
No sábado, um longo café da manhã, depois da madrugada com vinho na beira da praia, discutindo sobre a falta de presença, ou no caso, ausência das três marias no céu, e a polêmica entrevista da Maria da Graça Xuxa Meneghel.
Chegamos ao ferry boat ao meio dia, e em ilha bela 12:30 aproximadamente.
Lá, sentamos num boteco na beira da praia.
Fomos atendidos pela bela caiçara, Léia. Princesa Léia.
Ela trouxe alegria, caipira, cachaça, cervejinha, batidinha de coco, lulas, mais lulas, peixe-porquinho, manjubinhas, tudo frito com exceção dos líquidos e da conta. E assim foram os 10% e mais R$10,00 pelo sorriso agradável de Léia.
De sobremesa, uma areia e um banho de mar e algum tempo depois um sorvete de despedida em Ilha Bela. 
Ferry boat noturono, agora com Alice acordada. Aproveitamos melhor o passeio.
Em casa, um outro churrasco.
Domingo é o adeus ao litoral, digo, o até breve.
Esse dia me mostra que esse tempo todo o blog não estava abandonado, muito menos morto. Está latente.
Estou parado sim, mas observando tudo, provando cada coisa a seu tempo, descobrindo o meu tempero, a minha alquimia, bem longe do vício dos caldos em tablete e do ajinomotto.
O cardápio de despedida traz um desafio, arroz com lulas e mariscos.
Como limpar lulas?
Com a ajuda da rede mundial de computadores, a internet, eu e meu amigo-hospedeiro, Bruno Algarve, tentamos desvendar esse mistério. Com poucos avanços, ouvimos uma voz ao longe que nos pergunta...
– Vocês são pesquisadores? Estão estudando a lula?
– Não, só estamos tentado limpa-la para comer...
– E precisam de ajuda?
– Sim...muita.
– Posso então?
– Por favor...
Aprendi a limpar lula.
No tempo em que o professor Vianeis, limpou nove, eu limpei uma.
Mas aprendi, e isso foi o que mais fiz nessas férias.
Aprendi, aprendi, aprendi!
Esgotei as possibilidades de comer frutos-do-mar com arroz e também peixes, até sashimi eu comi. E o mais fascinante, trabalhei em dulpa. E eu e Bruno inventamos um prato a dois cérebros, feito a quatro mãos, a pseudo-paella, o arroz Lula-Molusco.
Agora chegou a hora de dividir. E assim que acabarem as minhas férias, teremos, uma a uma todas as receitas citadas acima nesse blog que se encontra à deriva num mar de novas experiências.
Aguardem...






















sábado, 14 de abril de 2012

Post Urgente de Última Hora, Culinária Tosca serviço!























Tradição é tradição.
A peixaria Nossa Senhora de Fátima está no mercado desde de 1963, literalmente no mercado, mais precisamente no Mercado Público de Pinheiros, box 68, Rua Pedro Cristi, 89.
Tratando os peixes e os clientes com muito carinho, bem mais os peixes que os clientes.
Mas eu dispenso o carinho e o bom tratamento.
Cuidem do meu peixe, o resto é frescura. Aliás para mim frescura, só a do peixe.
Depois de perguntarem como eu ia fazer, se eu mesmo ia limpar, respondi que queria que eles fizessem todo serviço e iria assa-la. Pedi então para que espalmassem a peça para eu fazer no forno, tirassem o rabo e a cabeça para eu acomodar melhor a anchova na assadeira.
Fizeram tudo com maestria, depois colocaram num saco bem resistente, daqueles que não vazam caldo de peixe na sua eco-bag fashionista. A moça que embalou, limpou a boca do saco, colocou numa máquina de vácuo, e colocou tudo numa linda sacola de papel, bem mais fashionista que minha eco-bag e sem nenhum sorriso no rosto entregou o peixe que servirei amanhã.
Obrigado Nossa Senhora de Fátima.
Cheguei em casa feliz e pensando numa das mais verdadeiras leis da física...
Quem sabe, sabe.


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sopabóbora!!











A abóbora sofre preconceitos.
Na minha infância muito fui chamado pela minha mãe, tias e demais parentes de abobrão. No Rio Grande do Sul, o abobrão não é nada mais, nada menos que um pateta, um mongolóide, um retardado.
Hoje em dia o melhor sinônimo para os adjetivos citados acima é Bruno de Luca.
Talvez por isso eu sempre tive um pé atrás com a abóbora e com o Bruno de Luca.
Demorei pra come-la, agora só falo da abóbora. Lá em casa tinha toda quinta, era caramelizada, meu pai comia com carne, arroz, feijão, e depois arrematava as que sobravam num prato fundo cheio de leite. Ele e meu irmão, cada um numa ponta da cabeceira (acho que isso é um pleonasmo), comiam com tanto gosto que foi minha primeira tentativa de amizade com a abóbora.
Brigamos novamente na primeira colherada. Cheguei a pensar que meu pai e meu irmão não gostavam daquilo e estavam comendo só para me sacanear.
Mas meu querido irmão ao contrário de mim, gostava muito, não estava me sacaneando, tanto que ganhava das tias vidros cheios do doce de abóbora em calda, diferente de mim que só continuava ganhando o apelido de abobrão...
O doce foi minha segunda tentativa, e essa foi mais feliz e por muito, muito tempo, era só o que eu podia esperar da abóbora.
Outro grande desafio gastrônimo para mim foi tentar me convencer de que a sopa não é apenas uma comida de doente. Tenho muito preconceito com sopas. Vem alguém falar com entusiamo, vou jantar sopa, vou almoçar sopa, para mim é doente.
No entanto minha agridoce e amada mulher ama sopa quase tanto quanto me ama.
Certa vez fui viajar a trabalho para Volta Redonda (a cidade pleonasmo, segundo minha amada) e na volta, tentando surpreende-la nos braços de um gogo boy, pois era noite da reunão só de meninas e me deparo com um prato feito pela minha cunhada Jeanine, que por sua vez aprendeu com a outra cunhada, Cristiane a tal sopa de abóbora!
Vendo sopa e abóbora na mesma panela imagino que o gogo boy me chocaria menos...
Como já sou moço feito, pai de familia, tenho que encarar de frente meus medos, preconceitos e o dollynho.
Provei a sopa, munido de um bom e delicioso pedaço de pão com manteiga, e me rendi, sim abóbora é boa e sopa também é alimento de pessoas saudáveis, sim o pão continua sendo a melhor parte de qualquer sopa, a menos que seja uma sopa de queijo com bacon, daí o pão é coadjuvante...
Por isso agora que me dei por vencido, convencido e fiz as pazes tanto com a sopa quanto com a abóbora, aqui vai a receita.

Ingredientes.
• 1 e 1/2 abóbora do tipo cabotiá.
• 3 caldos em tablete de sua preferência, (usei o de galinha caipira)
• 1 colher de sopa de sal (ou a gosto como de costume)

Agora vamos ao modo-de-preparo.
No incrível vídeo gravado pela sempre parceira, Vergonha Alheia Própria Produções. Estou num nível bem Bruno de Luca nesse filme, isto é, tentando ser sério, competente, carismástico mas com total inaptidão para tal.
De luca, essa é pra ti! Ao mestre com carinho.
Bom filme a todos.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Save the Whales and Save de Date!






















ANCHOVA MINIMALISTA.
PRÓXIMO TOSCOZINHA
domingo, dia 15 de abril, 15 horas. No Cafofo.

Cardápio.

• Anchova minimalista
• Arroz com leite de coco.
• Molho de limão.
• Salada verde.
• Sobremesa, brigadeiro em negativo.

8 vagas, R$ 45,00 por pessoa.

Sem mais informações porque sou minimalista.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Curso de sotaque gaúcho no Cafofo!






















Começa hoje uma série de cursos no Cafofo em parceria com a rede de restaurantes Toscozinha.
Hoje teremos o curso de sotaque gaúcho.
Módulo 1, Como Não Falar. Aprenda com Xuxa Meneghel os piores trejeitos, as maiores gafes e a desconstrução da atuação. Esse módulo conta com a ajuda do programa As Brasileiras, transmitido pela rede Globo.
O curso custa R$ 12,00, com o menu do mini-Toscozinha incluso, uma deliciosa sopa de abóbora, uma homenagem direta ao texto de Daniel Filho, vem acompanhada de um belo pãozinho italiano e um docinho pra ninguém sair de bico amargo, pois de amarga já basta a atuação da Xuxa.

Hoje no cafofo à partir das 21:45. Reservas no ricardo.toscani@gmail.com

quarta-feira, 14 de março de 2012

Toscozinha, 18 de março, domingo, FISH & CHIPS!!



Ia fazer um vídeo vexame, falando inglês com sotaque irlandês.
Mas resolvi poupar vocês e eu dessa vergonha.
Abro então com o vídeo do mestre do fish and chips, esse simpático senhor acima trabalha na franquia que gentilmente cedeu para mim a receita dessa iguaria irlandesa. Sabendo que eu era brasileiro e não iria oferecer concorrência à nobre franquia, saí da loja com o segredo do fish and chips de Dublin.

Sem mais delongas apresento Toscozinha Saint Patrick's day.

Cardápio

• Fish and chip's (bacalhau)
• Salada verde
• Little pint of Guinness
• Sobremesa surpresa (não é o nome da sobremesa, é que não sei o que fazer ainda).


Tudo por R$ 45,00


São 8 vagas, dia 18 de março, domingo, às 16 horas no Cafofo.
Mostra de filmes irlandeses.
Reservas por e-mail, ricardo.toscani@gmail.com
Reservas que não forem desmarcadas com antecedência (pelo menos um dia) serão cobradas.
Como?
Eu te acho como se eu fosse do IRA (não me refiro a banda).
Sério amigos, o desperdício de comida não é uma prática da Toscozinha, por isso, apelo para que, caso reservem uma vaga e não consigam vir, me avisem pelo menos um dia antes.

No Cafofo dispomos de refrigerantes ao preço de R$ 2,00,
cerveja Skol R$ 3,00.
Ah! E se o little pint of Guinness for pouco pra ti, teremos o latão da mesma à venda por R$ 15,00.

terça-feira, 13 de março de 2012

Sobrou galinhada? Não dá nada!!















Pois é, a galinhada de carnaval do Cafofo, foi um sucesso. Demos início ao baile de carnaval pós almoço, duas bandas, muitos amigos e o melhor, a mesa do refeitório estava lotada, mas ocorreram algumas desistências de última hora, e como foram de última hora a quantidade cavalar de arroz e galinha que comprei não foi alterada, porque esse é o lema do Toscozinha, comer até cair, depois de cair, comer deitado.
Você tem que repetir o prato, incontáveis vezes. Sem nenhum pudor, pois para mim gula não é pecado. Pecado mesmo é o desperdício. E essa é a minha luta, evita-lo sempre.
O que aconteceu nesse último Toscozinha foi um caso isolado, no entanto é bem possível que aconteça outras vezes, embora eu não ache justo, visto que trabalhamos com reservas, por isso é bom eu sempre estar preparado, ter uma receita na manga.
Por isso torno a dizer, se sobou galinhada, não dá nada.
A solução é o bolinho de arroz ou neste caso específico o bolinho de galinhada.

Os ingredientes são:

• 2 xícaras de chá de arroz da galinhada 
• 1 xícara da carne (se sobrou)
• 1/2 xícara de chá de queijo ralado
• 1/2 xícara de chá de leite 
• 2 colheres de sopa de salsa e cebolinha picadas
• 1 colher de sopa rasa de fermento em pó 
• 1/2 xícara de chá de amido de milho 
• 1/2 xícara de chá de farinha de trigo 
• 3 ovos

A base é a mesma de qualquer bolinho de arroz.
O modo de preparo foi filmado como de costume pela Vergonha Alheia Própria Producões.
Está fácil e muito ditático.
Culinária Tosca e Toscozinha, unidos contra o desperdício!

Bom filme a todos.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Primeira tradicional Galinhada Dançante, pé-quente de carnaval no Cafofo.































Carnaval, futebol, bunda, caipirinha, feijoada!!
Quando se fala em Brasil é só o que se pensa.
Todo almoço ou jantar de carnaval tem no menu essa iguaria brasileira, a feijoada.
Tem as outras coisas também, mas a feijuca é o prato principal. Pode ir no google e colocar feijoada e carnaval, vão aparecer opções em vários estados, do Rio Grande do Sul até o extremo norte, Amazonas, Acre até Espírito Santo. Só dá ela, a feijoada...No Rio de Janeiro capital do carnaval brasileiro, nem se fala...é feijão preto, paio, carne-seca, costelinha de porco, joelho de porco,  couve, laranja, farofa, esse ingrediente rola muito também no mais variados camarotes da Sapucaína.
Mas todo mundo sabe, que no carnaval, o brasileiro gosta é de galinhar, e o que eles e elas querem nesse carnaval é muita coxa, peito e pinto.
Sabendo disso a Toscozinha inicia uma tradição no Carnaval Paulistano, a Galinhada no Cafofo. Por que o que a gente quer é beijar na boca e com ela bem engordurada!!
Então anota aí, domingo de carnaval, 19 de fevereiro, à partir das 15 horas, o almoço será servido ás 16h, daí segue o baile no Cafofo ás 20 horas, traga seu rock and roll que a gente transforma em marchinha. Os instrumentos estarão ligados, e você também pode trazer o seu. Se São Paulo é o túmulo do samba, vamos jogar aquela pá de terra em cima!

Vamos ao cardápio!

Galinhada, pedaços excelentes de Galisteus, Pretas Gils, Susanas Vieiras, Claudias Leites todos bem selecionados. Combinados com arroz parboilizado, cebola, alho, salsa, cebolinha e o extraordinário sal do Tio Lu.
Saladinha verde, combinada com tomates e cebola, pra ficar bem colorida e pimenta de cheiro pra lembrar o quanto a Bahia é linda!!
Brigadeiro de colher, pra homenagiar a melanina das passistas e da bateria, e dessa festa gostosa, cheia de energia, isso, assim, pra cima, vai, vai vai, tiraaaa u pé du chãooo galeraaaaaaaaaaaa!!

Façam as reservas no ricardo.toscani@gmail.com (para o almoço revigorante da primeira noite carnavalesca)

Toscozinha de carvaval, domingo, 19 de fevereiro, á partir das 15 horas, 10 vagas, R$ 36,00 por pessoa, temos cerveja,  R$ 3,00, dose de cachaça R$ 5,00, refri R$ 2,00 e outras coisinhas mais...
Além do baile no Cafofo, ás 20 horas, com marchinhas que só sabemos as primeiras estrofes.

Abaixo a galinhada em 9 passos!





segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Enquanto eu asso eu pósto...














Vai parecer meio Julie & Julia, mas minha cozinha está a todo vapor.
Sempre quando me perguntam do blog fazem uma relação com esse filme. Eu sempre digo que gosto mais do filme Estômago, embora o que eu tenha entendido melhor seja o Ratatouille.
Do estômago a parte que mais me encanta está no minuto um e dez segundos, desse vídeo, nesse momento acendem as luzes da cozinha, na minha cabeça. Viva o refogado!
Então se eu for pegar um livro pra ler, não pode ser o da Julie, ou Julia, pensei ser mais apropriado o Dona Benta, tamanha brasilidade da minha escolha cinematográfica.
Estou estudando, senti muita necessidade. Li alguma coisa, comprei outra, comecei boa relação com as especiarias. Fazer um Toscozinha não é fácil, o medo de errar vive me sondando, mas entro na cozinha e já me sinto em vantagem. Meus ombros caem, minha coluna se levanta, meus sentidos se apuram, menos o olfato por que sou um pouco surdo do nariz.
Se já errei?
Sim, pouco, mas minha carreira na cozinha ainda é curta. Desde criança ando por ela, flerto, mas demorou até ela se interessar por mim. A cozinha é assim, ela gosta de quem quer saber mais sobre ela, conhecer seus cantinhos, seus atalhos. A cozinha é vaidosa, e eu só quero agrada-la, para que eu possar agradar aos outros.
Por isso seguir os conselhos da Dona Benta me parece o mais apropriado.
Estudava para um Toscozinha específico quando fiz essa receita que apresento no Blog.

Ossobuco à Ambrosiana

• Seis ossobucos (mas fiz com quatro, não mudei as proporções abaixo, só um pouco, eu aviso)
• Duas colheres de sopa de manteiga.
• Farinha de trigo, para uma sutil empanada nos ossobucos.
• Uma cebola gaúda picada
• Uma cenoura picada
• Dois talos de salsão picados (aqui troquei por cinco alhos porós, acho o salsão indigesto, me dá gases, pelo menos são por cima, mesmo assim são desagradáveis)
• Meio copo de vinho seco.
• Um quarto de xícara de chá de salsa picada
• Mio dente manda a receita, mas eu usei meia cabeça, não provei a outra, acredito que minha decisão foi mais sábia.
• 1 colher de chá de casca de limão ralada (aqui minha grande falha, esqueci, deve ser o ponto alto do prato, no entanto, esqueci)
• Sal e pimenta-do-reino.

O modo de preparo não teremos em vídeo, como de costume, desta vez será ilustrado por gif, minha mulher acha que sou obsessivo, no tentanto para que a audência entenda as fotos, dou uma leve explicada aqui...

Modo de preparo:

Temperei os ossobucos com sal grosso e pimenta, moídos juntos. Descansei por um segundo cada lado da carne na farinha de trigo.
Açúcar, manteiga e uma unha de azeite numa boa panela. fritei os bichos.
Reservei as carnes.
Mais azeite, manteiga e açúcar, para refogar cebolha, alho e legumes.
Peguei o vinho, tomei um gole e despejei cautelosamente seus 150 ml na panela.
Fogo baixo, e cozinha, cozinha, cozinha...umas duas horas.
Por último a salsa, o alho, e se lembrar, as raspas da casca de limão.
Deixe ferver só mais um bocadinho, tempo de uma a duas músicas de dois minutos e meio.
Faça um cuscuz, purinho, sem nada.
Pegue carona no molho do ossobuco, bom apetite.


A cozinha está em pleno movimento. Preparei e jantei lazanha. Amanhã tem um curso no Cafofo, preparo um coffe break. Asso um pão e pães de queijo.
Aliás já assaram, não faz muito que deliguei. Enquanto asso, eu"pósto".
Amanhã farei meu segundo desafio Dona Benta.
Bolo de limão.
To be continued...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Meu cookie é bom!!
















Em tempos de Big Brother o que interessa o Brasil,
todo mundo sabe, é bunda.
Não, não me refiro a cara do Bial, mas a região glútea mesmo.
A revista Playboy antes provocava e povoava meus desejos com belos nomes e belas bundas como Ângela Vieira, Tânia Alves, Dóris Giesse, Yoná Magalhães, Beth Faria, Sônia Lima,
lá, lara, laiá, lara.
Hoje é diferente - sabemos que por seis meses pelo menos - a revista Playboy terá em sua capa e páginas as bundas vazias, sem nenhum conteúdo, do BBB.
Eu sei, o Brasil sabe o que é bom, e cookie é bom, mas ele tem que ter personalidade, o mínimo de inteligência e muitas gotas de chocolate.
Não parece, mas meu cookie é um espetáculo, e ele não é grande como o da mulher melância, nem tão comentado como o da Sandy, ele é apenas saboroso.
Falando em sabor, vamos aos ingredientes.

• 1 xícara de açúcar mascavo.
• 1 xícara de açúcar branco.
• 4 xícaras de farinha de trigo.
• 1 xícara de manteiga.
• 2 ovos.
• 1 colher de chá de essência de baunilha.
• 1 colher de chá de bicarbonato de sódio.
• 2 colheres de chá de água quente, (para dissolver o bicarbonato).
• 1/2 colher de chá de sal.
• 1/2 colher de chá de fermento.
• 2 xícaras de chocolate meio amargo picado.


Quanto ao modo de preparo, fique com mais esse belo vídeo produzido pela Vergonha Alheia Própria Produções. Um bom filme a todos.




terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Primeiro Toscozinha no ano do fim do mundo!















Em 2012 quero ser um homem diferente.
Amar mais, odiar menos, não xingar motoristas que avançam o sinal ou que param o carro em cima da faixa de pedestres, ser mais tolerante, andar mais de bicicleta, emagrecer, trabalhar mais, viajar mais, cortar as unhas bem mais do que uma vez por mês, cozinhar bastante, fazer um Toscozinha todo 3º domingo de cada mês...E ser mais objetivo, e menos enrolado, e mais enfático, e usar menos aliterações...
Portanto, Toscozinha Verão, uma homenagem ao nordeste brasileiro ou aos botecos paulistanos.


O cardápio.
• Carne-seca desfiada.
• Mandioca frita chips. 
• Pão Caseiro.
• Pão d'água.
• Salada verde.
• Cocada boa.

Os leitores devem estar pensando...
Cocada de novo.
Mas pensem bem, como homenagear o nordeste sem coco?
Peixe?
Baião D2?
Buchada de bode?
Chiclete com banana?
Não, não e não!
Nada é melhor do que coco!


Domingo, no Cafofo, dia 15 de janeiro, às 20 horas começa o agito, o jantar será servido ás 21:30. Apenas 6 vagas. Reserve por e-mail (ricardo.toscani@gmail.com).
O preço da comilança continua congelado em R$ 36,00.
Temos coca-cola, coca-zero a R$ 2,00 e cerveja a R$ 3,00.









sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Obrigado Suécia!!













Aviso que o vídeo modo-de-preparo deste post é grande. E o filme é grande, isto porque a saudade é muito maior. Helena Ohlsson é o nome dessa saudade.
Tudo começou no ano de 2011.
Fevereiro, trabalhava no Café Elétrico Bar, em higianópolis, pertinho da casa da Tereza Bettinardi, não Berdinazzi, embora ela tenha sido chamada assim quando estava no colégio.
Tereza é uma menina do mundo, assim que começou a viajar, pegou gosto pelo o mundo e ele claro gosta de Tereza.
Ela hospedou uma sueca em sua casa, Helena. Eu e gatinha hospedamos duas norueguesas, amigas de Helena. Runa Klock e Marte Froystad. Passeamos, almoçamos, coloquei as meninas num ônibus para Paulista, e voltei para casa com Alice.
A noite, depois de uma jornada fazendo crepes e sanduiches no pão bagel, volto para casa e encontro as meninas.Marte já dormia. Runa, Helena, Lucia e Tereza, ainda acordadas, ainda bebendo. Pego minha dupla, cachaça e uma cerveja bem gelada e me junto ao grupo.
Faço uma caipira para brindar a brasilidade com as queridas gringas, conversamos um pouco, mas já é tarde, eu costumava chegar por volta das 02:00 em casa, e já devia ser umas 3:16...
O ano corre.
Começo o Toscozinha, em março, nesse mesmo mês comemoro 10 anos de "casamento", Baba minha cachorra faz 10 anos, também nesse mês nasce Cafofo, que em maio inaugura oficialmente. Heleninha Roitman and the Punk Tosko Full Glass Band Project faz seu primeiro show, muito shows com Chitãozinho e Xororó. Quase choro em todos, choro quando vejo Jair Rodrigues, Fafá de Belém cantando num estúdio muito perto de mim, vejo Caetano e Fábio Jr, mas esses não me encatam tanto.
Tá, o Fábio é um pão, mas é um pão velho, como diz Lucia de Menezes Farias, a gatinha.
Falando na Gatinha, não posso deixar de falar da Alice, que vai pela primeira vez na escola nesse ano de 2011. Já fala inglês na segunda semana de aula. Quando vê um carro amarelo e diz:
– Olha pai um carro amayellow. Isso é agosto.
Em setembro tem os 15 anos da Rebeca. Lembro de ter falado para ela na noite da festa.
– Parabéns guria, 15 anos é uma idade importante, tenho muita coisa pra te dizer, mas não vou dizer esta noite, porque já estou bêbado.
Também não disse nada no dia seguinte, ela me indaga, digo continuar bêbado...e acho que preciso dar um tempo nos tragos. Fica para esse ano.
Chega outubro, meus 32, comemoro e bebo mais um pouquinho.
No entanto, outubro não chegou sozinho, chegou com Helena Ohlsson.
Helena fica de 21 de outubro a 21 de dezembro em São Paulo.
Nesses meses cozinhava todas noites em casa, volta e meia convidávamos Helena, ela estava trabalhando no Cafofo e acompanhava gatinha até em casa. Jantávamos, bebiamos, riamos, a diversão e a conversação em inglês animavam os nossos encontros...
Helena começou a fazer aulas de português com a professora Alice, de 2 anos de idade, o que aumentou a frequência de nossos jantares. Lindas memórias, só boas cenas, como diria Tereza, ás vezes inclusive aparecia para aumentar o coro da boa conversa.
Mas num dia 19 de dezembro Helena quis fazer por mim o que muito fiz por ela.
Antes eu, ela e Alice fomos para o lançamento do livro de Chitãozinho e Xororó. Pegamos um táxi, Helena agradeceu pelo passeio de carro pela outra margem do Rio Pinheiros. Disse que não tinha ainda visto a cidade por aquele ângulo.
Na Livraria encontramos Moika, o guitarrista e maestro da Heleninha Roitman and the Punk Tosko Full Glass Band Project e minha irmã Renara.
Minha irmã que nos deu uma carona até em casa mas não ficou para o jantar.
Jantar esse que seria preparado por uma verdadeira Swedish Chef.
O cardápio, swedish meatballs, brown sauce, mashed potatoes, green peas e a estrela da mesa e do prato, lingonberry jam, e Helena percorreu essa cidade em busca do toque fenomenal desta geléia.
Tudo perfeito, repeti duas vezes o prato.
Não tenho como passar a receita, nem sei o que dizer, as quantidades, o tempo de cozimento, nada.
Sei apenas que foi feito com imenso amor, carinho e muita alegria.
No céu da minha boca, felicidade, uma constelação de sabores, tudo um pouco agridoce, pois a doce ternura da mesa sentia um pouco do amargor da partida de Helena. Tavez por isso o sabor foi divino e inesquecível.

Pois é minha querida amiga Helena Ohlsson, obrigado pelo jantar, obrigado pela visita, pela agradável companhia, e volte logo, porque...
You say goodbye and i say Hel-O!!